Temer Primeiro Pronunciamento COMPLETO Como Presidente em exercício do País 12/05/2016
Temer fala em manter programas sociais e reequilibrar as contas. Após empossar ministros, ele falou pela 1ª vez como presidente em exercício. |--| Peemedebista disse ainda que há urgência em 'pacificar e unificar' o país. |--| O presidente em exercício Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (12), em seu primeiro pronunciamento como substituto de Dilma Rousseff no comando do Palácio do Planalto, que irá manter os programas sociais da gestão petista – como Bolsa Família, Pronatec e Minha Casa, Minha Vida –, prometeu aprimorar a gestão da máquina pública e falou em promover reformas sem mexer em direitos adquiridos. |--| Ao abrir seu discurso de 28 minutos, o presidente em exercício falou que, diante da atual divisão do país, há urgência em "pacificar a nação" e "unificar o Brasil". Ele enfatizou que também é urgente fazer um governo de "salvação nacional". Segundo ele, partidos políticos, lideranças e entidades organizadas e o povo brasileiro terão de colaborar para tirar o país da grave crise em que o Brasil se encontra. |--| Temer assumiu interinamente a Presidência na manhã desta quinta, após o Senado aprovar, por 55 votos a favor e 22 contra, a instauração do processo de impeachment de Dilma. Logo depois de a petista ser intimada sobre o afastamento, o vice-presidente foi notificado da decisão dos senadores. |--| Programas sociais. Em resposta a acusações de integrantes do governo Dilma e parlamentares aliados a petista de que havia o risco de programas serem extintos com a troca no comando do país, Michel Temer fez questão de usar seu discurso para garantir a continuidade das iniciativas. |--| "Reafirmo, e faço em letras garrafais, vamos manter os programas sociais. O Bolsa Família, o Pronatec, o Fies, o Prouni, o Minha Casa, Minha Vida, entre outros, são projetos que deram certo e terão sua gestão aprimorada", prometeu. |--| Ele afirmou que é preciso acabar com o hábito comum na administração pública brasileira de por fim aos programas e projetos em andamento assim que há sucessão de governos. Temer disse que, em vez de extinguir os projetos dos antecessores, o governante tem que prestigiar o deu certo, além de complementá-los e aprimorá-los. |--| Contas públicas. Michel Temer também afirmou que, além de melhorar o ambiente de negócios no país para o setor privado produzir e gerar emprego, é necessário restaurar as contas públicas. |--| Segundo ele, o corte de ministérios que ele promoveu em seu governo é parte das medidas de reequilíbrio fiscal. O peemedebista reduziu de 32 para 24 o número pastas na Esplanada dos Ministérios. |--| Temer informou ainda que encomendou estudos para eliminar cargos comissionados e funções gratificadas. |--| “A primeira medida nessa linha está, ainda que modestamente, aqui apresentada. Já eliminamos vários ministérios da máquina publica e, ao mesmo tempo, nós não vamos parar por aí.”. Ele observou que seu governo precisa restaurar, imediatamente, o equilíbrio das contas públicas, trazendo a evolução do envidividamento do setor público de volta ao patamar de sustentabilidade. Na visão dele, quanto mais cedo o país for capaz de reequilibrar as contas públicas, mais rápido conseguirá retomar o crescimento. |--| Lava Jato. Presidente nacional do PMDB, um dos principais partidos envolvidos no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, Michel Temer aproveitou seu primeiro discurso como presidente em exercício para elogiar o trabalho da Operação Lava Jato. |--| Ele afirmou que, depois de ser tornar uma referência no combate à corrupção, as investigações das irregularidades cometidas na estatal do petróleo tem de prosseguir "contra qualquer tentativa de enfraquecê-la". |--| "A moral pública será permanentemente buscada por meio de instrumentos de controle e apuração de desvios. Tomo a liberdade de dizer que a Lava Jato tornou-se referência e deve ter prosseguimento contra qualquer tentativa de enfraquecê-la", disse o presidente em exercício. |--| Em sua delação premiada, o ex-líder do governo e senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) relatou ao Ministério Público o suposto envolvimento de Temer em um esquema de compra superfaturada de etanol na BR Distribuidora, subsidiária de combustíveis da estatal do petróleo. |--| De acordo com Delcídio, as supostas irregularidades teriam ocorrido entre 1997 e 2001, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ainda segundo o senador cassado, o operador do esquema seria João Augusto Rezende Henriques, ex-diretor da BR Distribuidora, que diz ter sido “apadrinhado" por Michel Temer no esquema de compra ilícita de etanol que teria ocorrido durante a gestão FHC. |--| À época em que a denúncia do ex-líder do governo veio à tona, Temer afirmou, por meio de nota, que refutava as “insinuações” de Delcídio..